José Hermínio de Aguiar (Zezé) nasceu no dia 13 de outubro de 1931, na Fazenda João Vieira, em Poço dos Bois, município de Cedro de São João no Estado de Sergipe. No João Vieira, em casa vizinha a de seus avós, viveu seus primeiros anos e ainda criança, mudou-se com seus pais para a nova casa construída na Fazenda Brejinho.
Primeiro filho do casal Manoel Gomes de Aguiar, Maneca, inicialmente agricultor e mais tarde agropecuarista, e de Maria Anita do Nascimento Aguiar, mulher muito culta, sendo autora dos livros a "Dor da Solidão" e "Passagens da Vida e de outros trabalhos inéditos. Maria Anita foi a primeira professora de seu filho José Hermínio, que aprendeu as primeiras letras e as primeiras leituras em sua própria casa.
Ao chegar à idade escolar ele passou a estudar numa escola pública em Malhada dos Bois, mas já sabia ler e escrever. Depois desta escola, ainda no curso primário, estudou em Aracaju nos Colégios Jackson Figueiredo e Salesiano. Por questão de economia, uma vez que na época outros irmãos também estavam estudando em internato, seu pai fundou a Escola Nossa Senhora do Carmo, na Fazenda Brejinho, município de Malhada dos Bois-SE, onde José Hermínio e seus irmãos passaram a estudar.
Prosseguiu estudos no Grupo Escolar João Fernandes de Brito em Propriá-SE, onde concluiu o curso primário. Estudou o curso ginasial no colégio Salesiano em Aracaju, em regime de internato. Não chegou a concluir o curso, pois adolescente e loucamente apaixonado por uma bela prima, teve seus estudos interrompidos para precocemente se casar.
Passou a trabalhar com o pai no campo, cuidando de gado. Nesta época, muitos pessoas da região estavam indo á São Paulo com promessas de emprego certo. Ele resolveu tentar a sorte. Em São Paulo o emprego prometido era numa fábrica de Soda Cáustica. Sem os equipamentos de segurança adequados muitos se queimavam e sofriam outros acidentes.
Ao chegar à idade escolar ele passou a estudar numa escola pública em Malhada dos Bois, mas já sabia ler e escrever. Depois desta escola, ainda no curso primário, estudou em Aracaju nos Colégios Jackson Figueiredo e Salesiano. Por questão de economia, uma vez que na época outros irmãos também estavam estudando em internato, seu pai fundou a Escola Nossa Senhora do Carmo, na Fazenda Brejinho, município de Malhada dos Bois-SE, onde José Hermínio e seus irmãos passaram a estudar.
Prosseguiu estudos no Grupo Escolar João Fernandes de Brito em Propriá-SE, onde concluiu o curso primário. Estudou o curso ginasial no colégio Salesiano em Aracaju, em regime de internato. Não chegou a concluir o curso, pois adolescente e loucamente apaixonado por uma bela prima, teve seus estudos interrompidos para precocemente se casar.
Passou a trabalhar com o pai no campo, cuidando de gado. Nesta época, muitos pessoas da região estavam indo á São Paulo com promessas de emprego certo. Ele resolveu tentar a sorte. Em São Paulo o emprego prometido era numa fábrica de Soda Cáustica. Sem os equipamentos de segurança adequados muitos se queimavam e sofriam outros acidentes.
Ansiosos por notícias, quando chegou a primeira carta relatando como era o trabalho por lá, os pais ficaram muito preocupados e o aconselharam a voltar imediatamente. Era melhor trabalhar no campo, com saúde, a estar naquela atividade tão perigosa que a qualquer hora poderia o tornar
um inválido. Voltou a Sergipe e trabalhava no campo, com o pai, bem como na terra que sua esposa herdara de seus pais
Do casamento com a prima Lúcia Cardoso nasceram quatro filhos: Manoel Gomes de Aguiar Neto, Antônio Hermínio de Aguiar Sobrinho, Anita Fátima Cardoso Aguiar e Maria Anita Cardoso Aguiar.
A convivência com a família de Maria José Bonfim, fez com que eles passassem a ter uma amizade e vieram a ter uma filha, Maria José Bonfim Filha.
Estava equilibrado financeiramente, mas gostava muito de festas, vaquejadas, corridas de argola, carnaval e muitas outras festas e passeios.
Chegou a comprar outra área de terra em Nossa Senhora das Dores e um terreno em Aracaju, onde criava vacas leiteiras para vender o leite na capital, onde o preço era bem melhor.
Tendo amigos que possuíam caminhão, encantou-se com a profissão de caminhoneiro. Comprou um caminhão e passou a fazer transporte nos Estados de Sergipe e Bahia. Numa das viagens o caminhão virou e alguns caronas ficaram gravemente feridos. Não tendo como resolver a situação, entregou o caminhão para indenizar tantas despesas. Logo após o acidente, passou um telegrama aos pais dizendo que o caminhão virou, acabou tudo, mas que ele não sofreu qualquer ferimento, estava bem. Não mais deu notícias. Ficou somente com o saldo de dinheiro que trazia, e como sempre só gostou de tudo muito bom, estava com seu relógio e sua caneta de ouro, objetos estes que serviram de garantia na pensão até arranjar um emprego.
Passados vários anos sem qualquer notícia, o casamento se desfez e os pais assumiram como seus filhos, aqueles netos.
A falta de notícias do filho era motivo de grande tristeza e apreensão. Resolveu o pai sair a procura do filho. Percorreu diversas cidades e ao chegar em Vitória da Conquista, perguntou a várias pessoas se alguém conhecia um rapaz sergipano chamado José Hermínio Aguiar. Alguém informou que existia um rapaz sergipano chamado "ZÈ" que trabalhava numa caçamba do DERBA em Macarani e que era muito parecido com ele. Imediatamente se dirigiu àquela pequena cidade e lá o encontrou.
Em Macarani, José Hermínio trabalhou como motorista do Departamento Estadual de Estradas e Rodagens da Bahia-DERBA, e depois no campo, como proprietário rural, chegando a ter com o passar dos anos uma boa propriedade. Gostava de criar bois vacas , cavalos, cães de guarda, passarinhos e galos de briga.
Tendo amigos que possuíam caminhão, encantou-se com a profissão de caminhoneiro. Comprou um caminhão e passou a fazer transporte nos Estados de Sergipe e Bahia. Numa das viagens o caminhão virou e alguns caronas ficaram gravemente feridos. Não tendo como resolver a situação, entregou o caminhão para indenizar tantas despesas. Logo após o acidente, passou um telegrama aos pais dizendo que o caminhão virou, acabou tudo, mas que ele não sofreu qualquer ferimento, estava bem. Não mais deu notícias. Ficou somente com o saldo de dinheiro que trazia, e como sempre só gostou de tudo muito bom, estava com seu relógio e sua caneta de ouro, objetos estes que serviram de garantia na pensão até arranjar um emprego.
Passados vários anos sem qualquer notícia, o casamento se desfez e os pais assumiram como seus filhos, aqueles netos.
A falta de notícias do filho era motivo de grande tristeza e apreensão. Resolveu o pai sair a procura do filho. Percorreu diversas cidades e ao chegar em Vitória da Conquista, perguntou a várias pessoas se alguém conhecia um rapaz sergipano chamado José Hermínio Aguiar. Alguém informou que existia um rapaz sergipano chamado "ZÈ" que trabalhava numa caçamba do DERBA em Macarani e que era muito parecido com ele. Imediatamente se dirigiu àquela pequena cidade e lá o encontrou.
Em Macarani, José Hermínio trabalhou como motorista do Departamento Estadual de Estradas e Rodagens da Bahia-DERBA, e depois no campo, como proprietário rural, chegando a ter com o passar dos anos uma boa propriedade. Gostava de criar bois vacas , cavalos, cães de guarda, passarinhos e galos de briga.
Em Macarani, casou-se com Marina Oliveira com quem teve oito filhos: Hermínio de Oliveira Aguiar, Hermínia Oliveira Aguiar, Anita Hermínia de Oliveira Aguiar, José Hermínio Aguiar Filho, Hermes de Oliveira Aguiar, Hernesto de Oliveira Aguiar, Hélio de Oliveira Aguiar e Manoel Hermínio Oliveira Aguiar.
Depois de muito tempo de convivência, veio a separar-se de Marina . Em suas viagens nos arredores de Macarani e Itapetinga veio a conhecer Isabel Almeida Silva e do relacionamento com ela nasceram duas filhas , Cleides Almeida Silva e Sintia Almeida Silva. As meninas, quando crianças, chegaram a conviver com ele mas ,posteriormente, mudaram-se para São Paulo, com sua mãe , onde vivem até os dias atuais .
Depois de muito tempo de convivência, veio a separar-se de Marina . Em suas viagens nos arredores de Macarani e Itapetinga veio a conhecer Isabel Almeida Silva e do relacionamento com ela nasceram duas filhas , Cleides Almeida Silva e Sintia Almeida Silva. As meninas, quando crianças, chegaram a conviver com ele mas ,posteriormente, mudaram-se para São Paulo, com sua mãe , onde vivem até os dias atuais .
Conheceu Celina Targino, e da união com ela, nasceram mais dois filhos: Carlos Targino de Aguiar e Danilo Targino de Aguiar, que conviveram com ele e Celina até 1999,quando ele repentinamente faleceu.
José Hermínio sempre fez muitas amizades, gostava de brincadeiras, de pilheriar, era alegre e muito pacato. Costumava dizer que os filhos dele eram as pessoas mais bonitas desse mundo. Era muito afetuoso, tinha sempre uma palavra elogiosa a dizer.
Uma passagem inesquecível de sua vida: estando gravemente enferma sua irmã Maria Hermínia "Neném", ele deixou todos os seus afazeres em Vitória da Conquista e veio a Sergipe, aqui ficou dando o carinho e o apoio aos irmãos e sobrinhos enquanto aguardava a volta da irmã que fora fazer um tratamento em Porto Alegre. Depois permaneceu por aqui com ela por mais de um mês. Ausente de seus negócios por tanto tempo teve que voltar e, passado pouco mais de um mês, faleceu repentinamente em sua fazenda no dia 20/11/1999.
Sobre ele assim se manifestou Maria Hermínia(NENÉM):
"Quem não conheceu os revezes de sua vida, que tantos sofrimentos lhe causaram,poderia pensar que o seu coração era indiferente. Mas quem realmente o conheceu, sabe que no seu coração só existia bondade e carinho".
UMA HOMENAGEM A ZEZÉ NA DATA EM QUE COMPLETARIA 79 NOS DE VIDA.
Antonia Roza de Aguiar Menezes
13/10/2010
OBS: grande parta dos dados foram fornecidos por sua irmã Maria José Aguiar Silva (TETÉ).
José Hermínio sempre fez muitas amizades, gostava de brincadeiras, de pilheriar, era alegre e muito pacato. Costumava dizer que os filhos dele eram as pessoas mais bonitas desse mundo. Era muito afetuoso, tinha sempre uma palavra elogiosa a dizer.
Uma passagem inesquecível de sua vida: estando gravemente enferma sua irmã Maria Hermínia "Neném", ele deixou todos os seus afazeres em Vitória da Conquista e veio a Sergipe, aqui ficou dando o carinho e o apoio aos irmãos e sobrinhos enquanto aguardava a volta da irmã que fora fazer um tratamento em Porto Alegre. Depois permaneceu por aqui com ela por mais de um mês. Ausente de seus negócios por tanto tempo teve que voltar e, passado pouco mais de um mês, faleceu repentinamente em sua fazenda no dia 20/11/1999.
Sobre ele assim se manifestou Maria Hermínia(NENÉM):
"Quem não conheceu os revezes de sua vida, que tantos sofrimentos lhe causaram,poderia pensar que o seu coração era indiferente. Mas quem realmente o conheceu, sabe que no seu coração só existia bondade e carinho".
UMA HOMENAGEM A ZEZÉ NA DATA EM QUE COMPLETARIA 79 NOS DE VIDA.
Antonia Roza de Aguiar Menezes
13/10/2010
OBS: grande parta dos dados foram fornecidos por sua irmã Maria José Aguiar Silva (TETÉ).
MARIA NAZARE MELO - prima de Zeze -disse
ResponderExcluirA lembrança mais viva e mais marcante que tenho do José Hermínio de Aguiar é a seguinte:
Eu ainda era criança não recordo bem a idade que tinha mas lembro de José Hermínio Aguiar (ZEZÉ) em Poço dos Bois visitando os parentes, muito alegre, montado em um cavalo muito bonito com Manequinha no colo e Lúcia na garupa. Era muito bonito e tinha uma alegria contagiante que chamava a atenção de todos.
Foi uma emoção tão forte, que ao receber esta sua mensagem me veio à lembrança aquele moço muito bonito montado em um belo cavalo com seu primeiro filha no colo e sua bela esposa na garupa do cavalo. Não tenho certeza mas parece que era o dia do batizado de Manequinha.
Muito merecida esta homenagem prestada por Roza ao seu irmão JOSÉ HERMÍNIO DE AGUIAR, ZEZÉ, na data em que ele completaria 79 anos.
ResponderExcluirZEZÉ está brilhantemente retratado, com todos os traços que marcaram a sua vida pessoal e familiar. Ser humano de elevados sentimentos pautou sua vida sempre fazendo amigos. Na vida familiar teve o reconhecimento do seu valor. Sua mãe, ANITA, tinha por ZEZÉ uma adoração especial, pois foi o seu primeiro filho que logo cedo teve que assumir a condição de pai, e por ter se ausentado do convívio familiar para procurar trabalho fora do estado, deixando uma lacuna no espaço que ela, Anita, tanto cultuou, ou seja, a presença dos filhos.
A narração de sua caminhada pelos Estados de Sergipe e Bahia mostra o seu lado afetuoso, ao conseguir constituir uma prole numerosa, em mais de um relacionamento, sendo todos os seus filhos unidos como se fossem filhos de um só pai, e de uma só mãe. Hoje todos os seus filhos mantêm-se unidos, projetando-se esta união para as gerações que se seguem.
ZEZÉ, como era conhecido no seio familiar e entre os amigos, viveu o cheiro do campo, e tinha, assim como seu pai Maneca, adoração pela criação de vaca de leite, atividade a que sempre se dedicou. Também, desde jovem, dedicou-se à atividade de motorista, e por longos anos, esteve pelas estradas de Sergipe e Bahia, realizando transporte de carga e de pessoas. Neste mister, fez grandes amizades, não só de colegas caminhoneiros, mas de mecânicos que realizavam os serviços de manutenção dos veículos que possuiu. Aqui quero mencionar o nome de alguns dos seus grandes amigos: ALFREDINHO, pioneiro na fabricação de carrocerias para caminhões em Aracaju e JOÃO ALBERTO TELES, seu primo, que também era apaixonado pela vida de caminhoneiro nas estradas.
ZEZÉ era um homem sábio. Trabalhava mas gostava de “se divertir”; Suas grandes diversões eram Carnaval e criação de Galos de briga. Como criador de galos de briga, marcou época com animais do mais alto nível, participando e conquistando troféus em vários estados do País.
Viveu na época do lança-perfume, confete e serpentina e nos carnavais de Aracaju, juntamente com seus amigos, desfilava com sua caminhonete Ford, acompanhado de belas pessoas com fantasias produzidas para aquela festa. Em uma destas festas ele usou uma fantasia de marinheiro.
Parabéns, Roza, por nos oferecer este importante trabalho e nos dar a oportunidade de falar sobre ZEZÉ, seu querido irmão e meu cunhado, com quem tive grandes momentos, e por quem sempre nutri muita admiração e respeito.
Zequinha (José Teles)
CARLOS HERMÍNIO disse:
ResponderExcluirTia Roza, os seus relatos complementados por Zequinha são de uma riqueza significatica que nos invade de emoção e de certeza das lutas e conquistas do saudoso Tio Zezé.
Gostaria de comentar algo que ocorreu comigo e João Alberto quando fomos após a morte do querido primo "Tonheiro", acompanhados da saudosa Tia Carmo, passar uns dias em Vitória da Conquista; aquilo serviu para consolar êle mas principalmente a todos nós que estávamos bastante tristes com aquela partida prematura.
Aí pude conhecê-lo melhor, principalmente quando fomos a Macarani visitar sua propriedade e sentir como ele era respeitado e afamado na região: o grande campeão de corridas de mourão, de torneios de galos de briga, e querido por todos !
Recordo-me ainda que quando foi feito um doce de leite batido à lá Vovó Anita, ele colocou um prato cheio e disse para todos: "lá no Brejinho é assim como se come doce de leite; coma Carlinhos".
No mais é registrar que recordar Tio Zezé é remontar um berço e um passado rico que nos enobrece e nos encoraja a seguir em frente.
Parabéns Tia Roza pela sua homenagem e que Deus continue lhe inspirando e iluminando sempre!
Carlos Hermínio
Zezé era o meu avô, de quem sempre ouvi falar desde pequena pelos relatos de minha mãe, Maria José Bomfim de Lima. Apesar de não ter sido criada pelo pai, Mainha tinha por um ele um amor profundo e inabalável. Tanto que criou suas duas filhas, no caso eu e minha irmã Adriana, contando histórias sobre a vida daquele avô que, de tão distante, tornou-se mítico para nós duas.
ResponderExcluirNuma dessas histórias, Mainha nos relatou a revelação feita por sua mãe, nossa avó Maria José Bomfim, pouco antes de desencarnar. Teria dito vovó a minha mãe: "Maria José, não tenha raiva do seu pai Zezé por ele não ter lhe criado. Ele não lhe abandonou, eu é que fugi dele. Seu pai, quando soube da gravidez, me disse que iria lhe assumir e até se ofereceu pra ir comigo ao centro de Aracaju pra comprar o seu enxoval. Por isso, ame o seu pai sempre, porque ele também ama você".
Essa revelação seguiu Mainha desde então e até acho que pra ela funcionou como um bálsamo anestésico e curativo das dores e feridas deixadas pela ausência do pai que não a viu crescer. E assim Mainha seguiu amando o vovô Zezé, escrevendo-lhe cartinhas afetuosas e fazendo-lhe emocionados telefonemas sempre que podia, aos domingos. Ela sempre encerrava as conversas com um sorriso nos lábios, mas lágrimas de saudade a rolarem pelo rosto. Era tanto o amor por aquele pai, que transbordava! Mainha não continha a emoção sempre que era possível, por mínimo que fosse, o contato com ele.
Quanto a mim, Dicíula, só vi Vovô uma vez, e foi nessa viagem derradeira que ele fez a Aracaju para visitar Tia Neném, que à época encontrava-se enferma. Lembro-me como hoje, mas não sei descrever exatamente o que senti ao ter diante de meus olhos o avô mítico da infância, aquele senhor simpático e tão parecido com a minha mãe. Lembro de suas palavras, ditas em tom divertido: "Minha neta, você é linda. Puxou ao seu avô". Seguiu-se um breve silêncio entre nós- eu não consegui pronunciar uma única palavra- e ele me deu um abraço apertado e afetuoso, o primeiro e último, porque pouco tempo depois recebi com pesar a notícia de seu desencarne na Bahia. Mainha ficou saltitante ao saber do nosso encontro e queria ela mesma também estar presente para dele também receber o abraço!
Ler esse texto sobre Vovô Zezé é algo que me deixa profundamente emocionada, mais até do que imaginei que fosse possível. Pude identificar através de algumas das passagens de sua vida que, de fato, ele foi um grande homem. Identifiquei características dele presentes na personalidade de minha amada mãezinha e em mim mesma, na qualidade de descendente de tão admirável pessoa.
Por último, gostaria de registrar que minha mãe Maria José comungava do mesmo pensamento de Tia Neném, ao analisar a personalidade de Vovô Zezé. Ela costumava dizer que sofreu muito por não ter sido criada por ele, mas que sabia que a vida dele também não tinha sido fácil. “Seu avô também sofreu muito e, por isso, em vez de desprezo e reprimendas, ele merece receber muito amor, e de amor por ele o meu coração está cheio e isso é tudo”, dizia mainha.
Infelizmente, exatos 10 anos depois da partida de Vovô Zezé em 20/11/1999, o nosso PAI MAIOR, também levou Mainha em 25/11/2009, deixando em todos nós essa saudade eterna e ainda tão doída. Mas me conforta imaginar que é possível que os dois já tenham se encontrado e quem sabe se abraçado em outra dimensão da VIDA, após a vida na Terra!
Dicíula Cerqueira de Lima Cardoso - Neta de Zezé, filha de Maria José.
EURÍPEDES MANOEL disse...
ResponderExcluirGostaria também de participar da Homenagem a nosso querido tio Zezé narrando algumas passagens que tive com ele.
Quando conheci tio Zezé eu era pequeno e ávido para entender de terra e de gado. Viajávamos para o Brejinho, era época de cheia no Rio São Francisco e fomos até a ponte na cidade de Propriá. Durante a viagem eu não parava de falar em fazenda, e ele muito agradável me dava muita atenção. Quando não falávamos sobre gado ele me ensinava adivinhações. Lembro-me bem de três adivinhações:
1}O que é o que é? Mel que não é de engenho, lã que não é de carneiro, e cia que não é de cavalo?
2)O que é o que é? Quatro na lama, Quatro na cama, Dois parafusos e um que abana?
3}Uma moça na janela, seu namorado passa com outra mulher, ela desmaia o que ela tinha?
Exímio cavaleiro, montava a cavalo com segurança e altivez. Muitas foram as histórias de bravura que ele me contou do trabalho no campo, ele e nosso avô Maneca.
Já em Vitoria da Conquista tive a oportunidade de conhecer sua criação de galos de briga, seus 03 cães Dog – Alemão e pela primeira vez fui a uma Rinha de Galo Oficial. Chegando à rinha ele foi desafiado com um galo, mas ele não aceitou a briga e me disse: “Não que o galo dele faça medo, mas ele está trapaceando!”
Gostei muito de conhecê-lo, e ainda hoje lembro-me dele, mesmo não tendo o conhecido mais intensamente, acredito que tínhamos grande afinidade. Desejo a todos os seus familiares muitas felicidades
Eu sempre amei meu pai. Mesmo que eu tenha vindo a descobrir isso um pouco tarde demais. Não vou pautar esse desafabo nos semitons da melancolia, quero que ele tenha uma nota só assim como as minhas recordações: o ensurdecedor silêncio da saudade.
ResponderExcluirUma lembrança é recorrente em vários momentos, é referência nas diversas cenas que emolduram a película onde tenho gravado a vida, em especial, nos momentos que passei ao lado de painho – sua generosidade transbordava o limite do racional. Lembro de tê-lo nas manhãs de domingo com as mãos em meu cabelo enquanto eu, despertando do sono, lhe sorria e perguntava: Quantos pastéis temos pra hoje? Com a rouquidão e inflexibilidade de sua voz, sorria e concluia: quantos você quiser. E nos divertíamos num quiosque de feira partilhando conversas e cumplicidade ao som dos ambulantes.
Ainda me encantam aqueles natais de mesa farta como ainda amargo os natais da escacez e das lágrimas. Mas ele estava lá, não importando as condições, alheio às circunstâncias, tínhamos o aval de sua presença garantindo que tudo ficaria bem. E sempre ficava.
Com uma dormência comum à lembrança, vejo minha mãe apenas de camisola ajoelhada no chão de pedras da alameda do hospital cujo nome ignoro, às 3h de uma madrugada gelada, não apenas pela temperatura de sete graus mas, principalmente, pela aflição de ver um edema pulmonar levar painho à UTI. Choramos abraçados, sofremos juntos.
Lembro dos fogos de São João que comprávamos pra levar pra roça, dos troncos amontoados e do fogo crepitante iluminando aqueles olhinhos cansados que tudo observavam, do céu coroado por milhares de estrelas, do pé de siriguela encoberto pela névoa do mês de junho, lembro dos cavalos, da boiada, do jeito turrão e da constância. Ah, a constância do choro.
(Continua)
(Continuação)
ResponderExcluirEm seus últimos anos que, ironicamente, corresponderam aos meus primeiros, meu pai chorava muito. Aquele senhor de cabelos grisalhos regularmente penteados com o creme Trim, de pele manchada e machucada, castigada pelo trabalho sob o sol fustigante, sentado em sua poltrona vermelha aos poucos parou de rir das piadas do Faustão e não mais assistia aos jogos do Botafogo. Na tarde de domingo em que seu melhor amigo faleceu, algo também morreu dentro dele. Eu não sei precisar o que.
Chorava quando eu lia minhas poesias pedindo sempre que as lesse novamente e, em qualquer lugar e a qualquer amigo, gabava-se do filho que, segundo ele, teria herdado o talento de sua mãe. Chorou sentado à porta de casa em um 13 de outubro quando, às 23h, insistimos (mainha, meu irmão e eu) que entrasse. Ninguém mais viria cantar parabéns naquela noite.
Chorava ao lembrar de ‘seu povo’ em Aracaju, da saudade dos irmãos, do quanto queria que viêssemos pra cá e nos instruia, a mim e a Carlos, de que sempre poderíamos contar com a família em Sergipe. Como nuvens grávidas de chuva, seus olhos deixavam transparecer o que seu coração sentia.
Viveu dias de glória em seu Uno Mille azul que se cobria de marrom e foi com ele que atravessou dias de decadência. Passou a viver mais na roça porque o gado só engordava sob a vigilância do dono e tinha prazer em trazer para casa, semanalmente, as melhores frutas, ovos, leite e macaxeira ‘da boa’. Tinha prazer em sentir-se útil, regozijava e sorria quando recebia um telefonema, uma visita, um carinho. No fundo, no fundo, queria ter a certeza de que não havia sido esquecido. Foi nesse período que ficamos mais próximos, mais cúmplices, mais amigos.
Na manhã de uma sexta feira de novembro ele entrou em casa com suas pesadas botas. Colocou o balde de leite sobre a mesa e sentou-se para tomar uma xícara de café enquanto conversava com mainha sobre algum problema da roça. Levantou-se e saiu pelo corredor dizendo que voltaria no dia seguinte. Lembro de vê-lo parar no portão e olhar pra mim através do vidro da sala enquanto eu lhe pedia: “Não vai embora agora. É cedo.” Sorriu, meneou a cabeça e, derramando uma lágrima, fechou a porta atrás de si. Naquela noite sonhei com ele me balançando numa rede. Ele sorria muito e parecia feliz.
Era madrugada de 20 de novembro. Os galos cantavam no campo enquanto meu pai dava adeus a este mundo.
Danilo Aguiar
Aracaju, 20 de Outubro de 2010
Herminio Oliveira Aguiar
ResponderExcluirLendo todas essas lindas homenagens a esse grande homem, nao tem como conter as lágrimas diante das incontáveis lembranças desse homem gentil, sempre amigável e afável com todos, sempre pronto a percorrer distancias e fazer o possível e o impossível para ajudar um amigo, um vizinho ou quem quer que seja que precisasse dele. Nao da para nao lembrar de sua voz calma, e seu jeito sempre alegre e brincalhão, apesar de querer aparentar uma austeridade que na verdade nao tinha na alma que era gentil e doce...
Lembrar do meu pai, e lembrar de um heroi, de um amansador de burro bravo, pois montava como nao vi nenhuma outra pessoa faze-lo. Lembrar do meu pai é lembrar de "Baianinha" uma espetacular mula, que jamais foi vencida em competiçoes de marcha,mas que tinha uma pecularidade que só meu pai conseguia montá-la, ela nao permitia que nenhuma outra pessoa a montasse... é lembrar de Dominó, baio altivo, imponente, de uma qualidade superior tanto no galope, quanto na marcha...Meu pai era assim sempre queria ter o melhor em cavalos sua grande paixao junto com os galos de briga...
nao tem como nao lembrar de uma leva de frangos que ele comprou e me pediu para escolher um entre eles ...ja que o ajudava a cuidar dos galos ...esse franguinho cresceu, foi treinado e se tornou um dos maiores campeões que ja tivemos...
Nao tem como lebrar do meu pai e nao lembrar dele pacientemente assistindo o Silvio Santos, numa cadeira de balanço na casa de Celina, mae dos meus irmãos Carlos e Danilo, e das muitas vezes que sentados conversavamos em tardes de domingo...
Nao tem como lembrar do meu pai , e nao lembrar do desespero dele , por ocasiao da trágica morte do meu irmão , enganchado na valvula de entrada de ar de um pneu trazeiro de sua própria caçamba...
Nao tem como lembrar do meu pai, e nao lembrar das viagens ao Córrego de Fora, onde ficava a primeira fazenda que comprou quando estavamos em Macarani...como sabia como ninguém cuidar de tudo ...como tinha capricho na confecçao dos currais, no cuidado com gado... e era homem que nao tinha medo do trabalho, seja ele qual fosse...
Nao tem como lembrar do meu pai, e não lembrar da verdadeira veneração que tinha por sua mãe
Maria Anita Nascimento Aguiar, quando falava da sua mãe o amor e a admiraçao saltava pelos seus olhos, pelos seus poros, e não conseguia conter a emoção... muito ligado a todos da família que deixara em Sergipe, apesar de ter passado muitos anos sem ter nenhum contato com eles...
Nao tem como lembrar do meu pai, e não lembrar de um homem que nao tinha medo de recomeçar tudo de novo, depois de um grande perda.Depois de uma vida de abastança e relativa riqueza em Sergipe. Saiu para Sao Paulo, viveu lá por um pouco de tempo , o suficiente para consegui mercadorias e recomeçar a vida como mascate,vendendo roupas e bugingangas que trazia de Sao Paulo... mas isso por pouco tempo, quando logo que conheceu uma bela Morena novinha em Macaraní/Ba, quiz se casar e fixou residencia , vindo a consegui uma colocaçao do DERBA, como caçambeiro, o que lhe rendeu o apelido de José da Caçamba, durante muito tempo essa foi sua profissão , aliado a isso , como entendia muito de criaçao de gado e terras nao demorou a adquirir animais e posteriormente uma terra em que moramos nos primeiros anos da nossa vida...eu , minha mãe, e meus irmãos Herminia, Hermes ( que veio a falacer tão tragicamente nesta mesma casa). Depois disso,nao conseguiu mais viver nessa terra e mudamos para Cidade de Macarani, onde moramos por alguns anos. Adquiriu o respeito de todos na Cidade, sempre correto nos seus negócios e disposto a fazer de tudo para servir.. chegou por algumas vezes ser cogitados pelo chefes políticos para ser candidato a cargos de vereador e prefeito, porém essa nao era a sua vocação...apesar de muito popular na cidade...mesmo assim por um tempo chegou a ser nomeado delegado na cidade...por volta do ano 1972, mudamos para a cidade de Vitoria da Conquista...
continua posteriormente
Depois de um tempo se dividindo entre Vitória da conquista e Macarani, meu pai vendeu a propriedade rural que tinha naquela cidade , vindo a adquirir uma outra na cidade de Candido Sales bem próximo de Vitoria da Conquista, a qual trabalhou por um tempo , vendendo-a tambem e adquirindo uma propriedade rural denominada Fazenda São José, no municipio de Quaraçú a qual se dedicou a torná-la um brinco de propriedade, com uma casa razoável, um curral muito bem montado, e uma estrutura de dar inveja na região... Por ocasião da morte da minha avó Paterna meu pai recebeu a parte que lhe coube da herança e com isso adquiriu um trator de esteira no qual fazia serviços de aguadas, açudes e estradas, tanto para particulares, quanto para o governo do Estado da Bahia e prefeituras... foi daí que depois de ter prestado um volumoso serviço para a CERB/Ba veio a ser lesado em uma enorme quantia em dinheiro de barragens , estradas e açudes feitos para o governo que não lhe efetuou o devido pagamento, vindo após esse evento como era homem honrado e não deixou nenhum dos seus fornecedores de peças, combustíveis e insumos para a máquina sem o devido pagamento...lhe trouxe enormes dificuldes; advindo daí uma decadência financeira que o levava muitas vezes a grande tristeza e constrangimento...porém, mesmo diante disso era um guerreiro e não parava de trabalhar e fazer as coisas com o capricho de sempre, passou a morar e se dedicar mais a fazenda Sao José onde plantou uma bela chácara que tinha de tudo, as melhores frutas, plantadas e cuidadas pessoalmente por ele e que lhe dava um grande prazer quando chegávamos la e tinha uma enorme fartura de manga, laranja, jaca, caju, poncan e muitas outras qualidades e espécies de frutas e verduras...
ResponderExcluirUm certo dia me lembro como hoje meu pai me procurou e disse filho vamos comigo a um advogado para ver como esta a cobrança da dívida da CERB, nesse dia saímos andando mesmo a pé pelo centro da cidade, fomos ao advogado, depois fomos a receita federal pegar formulário de declaraçao de ITR e caminhamos muito pelo centro da cidade... aquele dia ele me parecia diferente, mais compenetrado, porém sereno diante dos aborrecimentos com o descaso do governo do estado diante do pagamento da enorme quantia que tinha para receber... tomamos um café na lanchonete da praça Barão do Rio Branco, o levei ate o carro , ele me deu um abraço e entrou no carro e foi para a roça onde morava nos últimos tempos da sua vida...eu disse "Pai...qualquer coisa me liga tá, como está sua pressão e diabetes...ele disse ultimamente anda bem controla meu filho, estou muito bem"... e naquele dia o percebi especialmente sereno e feliz... foi a última vez que o vi com vida... no dia seguinte estava em o escritório em que um irmao fazia serviço de gráfica rápida quando recebi um telefonema de um vizinho da fazenda, que estranhou o fato de ja ser por volta de nove horas da manhã e ele nao ter saido,nem cuidado de tirar o leite das vacas ... ao que eu imediatamente ordenei quebrem a porta...eles quebraram a janeta que dava acesso ao quarto dele e ele encontrava-se deitado na cama , da forma como dormia ...mas já inerte e sem vida... ao que imediatamente depois de avisar os irmaos e parente, me desloquei imediatamente à fazenda e a chegar me deparei com uma das cenas mais difíceis e marcantes da minha vida... meu pai ali sem aquela força que lhe era peculiar, com as mãos cruzadas sobre a barriga, maneira usual que dormia, e duas fitas de sangue lhe desciam do nariz e ouvido... apesar desse quadro difícil uma coisa ficou marcada, foi a forma serena das feições dele, a mesma que tinha visto no dia anterior no nosso passeio pelo centro da cidade. Ficou marcante a consternaçao de todos os vizinhos e amigos que chegavam a todo momento aos prantos ao saber do acontecido, aí pude ver de uma forma definitivas uma das mais marcantes qualidades do meu pai...sabia como ninguém fazer e cultivar amigos...preservá-lo de uma forma como não da para descrever.Em pouco tempo a casa e o pátio da casa estava tomado de pessoas prestando a sua homenagem e pesar diante do acontecido...pessoas choravam copiosamente, e faziam relatos das muitas vezes que meu pai os servia e estava sempre pronto a ajudá-los...
ResponderExcluiruma das coisas que mais me marcaram dentre muitas que me disseram foi o relato de seu Niquinha, vizinho e grande amigo...
"ontem seu José ficou aqui conosco até as nove da noite, estava alegre, sorridente e feliz...vimos o Jornal Nacional, assistimos a novela, e ele dizia: Velho nica, que era como ele o chamava, gosto muito desse lugar, quando eu morrer quero ser enterrado aqui junto de voçes , nessa terra que amo; ao que seu niquinha respondeu, que nada seu Zé voçe ta novo ainda, ainda vai me enterrar; ao que meu pai serenamente riu gostosamente como sempre fazia". Se despediram e ele foi para casa dormir... acho que fez isso para me ajudar a tomar uma grande decisão que tive que tomar contrariando até a alguns que queriam retira-lo para ser enterrado na cidade...ai como foi difícil tudo aquilo...mas baseado no que ja ele mesmo havia me dito... e acho que reiterado naquela noite para o seu Niquinha tomei a difícil decisao de realizar o sepultamento naquela terra que aprendeu a amar nos últimos anos da sua vida...e que também era amados por todos...haja vista a multidão de pessoas que se aglomeravam vindo de propriedades distantes e cidadezinhas vizinhas para prestar solidariedade...tivemos que prolongar a espera devido aos irmãos e parente que se deslocaram de Sergipe para dar o último adeus a querido Zezé como era chamado em Sergipe...
Gostaria de dizer algumas palavras sobre esse homem,que para minha honra, foi o pai que muito me honrou, e que me honra carregar o nome.
ResponderExcluirJosé Herminio de Aguiar
Menino travesso
Rapaz levado e de grande encatamento com as mulheres...sua grande fraqueza.
nas travessuras que fazia, levando a sua mãe a enormes medos...das cancelas que saltava com seus cavalos bem treinados e corajosos como ele.
Homem sério
de palavra única, e tratos corretos
de jeito doce e brincalhão
de amizade fácil
e manifestações sempre gentis de afeto.
Homem
com muitas virtudes de caráter
como honradez, seriedade nos seus compromissos
mas com a leveza de não fazer disso um fardo.
Um valente e corajoso
Capaz de desafiar os mais temidos cavalos e burros e nunca perder...
Capaz de cultivar a terra, e se emocionar com o fruto que ela sempre produzia generosa para ele que a sabia tratar com tanto carinho.
Um valente capaz de abraçar uma carinhaça com carinho e ternura...ahh, e como elas gostavam do seu jeito brejeiro e festeiro...fazia uma festa com um monte de mangas...ou um saco de pipocas...ele sabia como cativar as pessoas que se entregavam ao seu encanto simples...
Pai
Que quando aos 19 anos amarrando a minha gravata para me casar ele me dizia...filho vc esta muito novo, nao deveria se casar tão cedo...
ou outra ocasião bem criancinha ele me dizia, filho quando voce sonhar que esta caindo, é porque esta crescendo...citaçao essa que tem em um dos poemas que fiz.
Amigo
de grandes viagens , e papos intermináveis, histórias que me deixavam encantado durante horas nas muita viagens que fizemos juntos.
Meu pai
defeitos tinha simmm...mas quem de nós pode dizer que não os tem.
Mas era generoso nas suas palavras e atitudes, cortez e delicado no trato com todos, nao escondendo de ninguem a mão sempre pronta pra ajudar, acolher e cuidar...
ahhh pai ainda hoje ouço a sua voz dizendo...fala patrão...
que bom pai ter tido a honra de nascer
seu filho...
Herminio Oliveira de Aguiar
obs: onde se lê encatamento, leia-se encantamento.
ResponderExcluironde se lê carinhaça, leia-se Crianças.