quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

MARIA ANITA DO NASCIMENTO AGUIAR

 Em 21 de julho de 1907, nascia no sítio Recreio, município de Laranjeiras, no Estado de Sergipe, Maria Anita Alves do Nascimento, filha de João Romualdo do Nascimento e Hermínia Alves do Nascimento. Eram seus avós paternos Romualdo José do Nascimento e Maria Júlia do Nascimento e avós maternos Eugênia Maria do Amor Divino e Francisco Valentim da Silva, este português, da cidade do Porto.
Anita, filha caçula, a décima primeira filha do casal, cresceu com muito mimo dos pais e dos irmãos, dividindo o tempo entre o Sítio Recreio e a casa que seus pais tinham na cidade de Laranjeiras. Quando estava no sitio, além das brincadeiras habituais de toda criança, aprendeu a nadar e a pescar e se tornou exímia mergulhadora.
Seus estudos foram na famosa Escola Laranjeirense, da Professora Zizinha Guimarães, escola que além das disciplinas básicas, ensinava francês, esperanto, música, dança e teatro.
 Paralelamente e como era costume na época, ela aprendeu bordado, corte e costura, e outros trabalhos manuais. Era, portanto, muito prendada.
Apesar de morar no interior,Anita acompanhava a alta moda do sul do país, pois um de seus irmãos, Hermínio Alves do Nascimento (BINA), que era do Exército, no Rio de Janeiro, comprava os lançamentos da moda e imediatamente mandava para ela.                                                      Moça culta e bonita participava dos eventos da cidade, sendo habitualmente convidada para ser porta-estandarte nos desfiles cívicos e nas procissões. Também gostava muito de dançar e dançava muito bem. Quando havia baile na cidade ela falava com os pais que permitiam que ela fosse, mas somente se acompanhada de seu irmão Oscar Nascimento que de certa forma decidia com quem ela poderia dançar. 
Vários rapazes desejaram casar com ela e, aos 21 anos, recebe proposta de casamento de um rapaz muito trabalhador e muito bonito, sobrinho de sua vizinha Carolina de Aguiar (Calú). Ele veio trabalhar, com seu carro de bois, para abastecer de cana os engenhos do município de Laranjeiras. En cantado  com a moça, ele logo conseguiu se aproximar da família, se tornar amigo de Oscar, irmão dela, e posteriormente conquistá-la.
Tamanha foi a atração entre os dois que, em menos de dois anos, namoraram, noivaram e, no dia 26/11/1929 na Igreja Matriz de Laranjeiras, casaram festivamente.
O casal foi morar na Fazenda João Vieira, município de Cedro de São João, onde Manoel Gomes de Aguiar (Maneca) já morava quando solteiro. De Laranjeiras, além de um grande enxoval e objetos de casa, Anita levou algumas cabeças de gado que lhe foram doadas por seus pais.
O amor que tinha ao marido era tamanho que Anita, moça da cidade, passou a viver, ao lado dele, a vida simples do campo; passou a fazer os trabalhos rudimentares típicos das donas de casa da zona rural, além de bordar e costurar para ganhar dinheiro e ajudar nas despesas da família.
 Aí no campo também, Anita passou a servir aos mais humildes, sendo requisitada para escrever e ler cartas dos parentes distantes, cortar cabelos e orientar em cuidados com a saúde e a higiene dos adultos e das crianças. Em pouco tempo passou a ter diversos afilhados e compadres.
Alguns anos se passaram, e depois de muito trabalho, Maneca e Anita conseguiram construir sua própria casa na Fazenda Brejinho, município de Malhada dos Bois, propriedade que foi doada pelos pais de Maneca.
Anita e Maneca tiveram 11 filhos que educaram com muito amor, carinho e até com muito rigor, sempre seguindo os princípios cristãos e as normas da boa convivência.Muito preocupada com o desenvolvimento intelectual dos filhos,  ela começava a alfabetizá-los desde pequeninos  e, sendo assim, quando chegava a época da escola, todos já sabiam ler e escrever.
Anita, esposa e mãe amorosa, sempre presente e dedicada, renunciava sua comodidade, seus interesses e esquecia seu cansaço pelo bem estar de seus familiares e não só destes, mas de todos aqueles que tiveram a felicidade de conviver com ela. Pode-se dizer que era uma pessoa que doava sua própria vida pela a felicidade do outro.
Muito trabalhadora, dentro do lar ela fazia tudo, desde o preparo das refeições, à confecção e higiene das roupas, além os demais serviços de limpeza da casa.
Cumpria suas atividades domésticas com muita habilidade e rapidez e, enquanto o marido trabalhava no campo, ela estava sempre atenta a todo o movimento de gado e de trabalhadores, em volta da sede da fazenda. Além dessa vigilância ao que estava ao alcance do seu olhar, era ela quem fazia o controle das despesas e receitas da propriedade e vivia sempre atenta ao cumprimento dos prazos de pagamento dos débitos contraídos.
Anita detestava ter dívidas e, em assim sendo, sempre que ela e o esposo conseguiam pagar um grande débito, comemoravam com fogos, missa de ação de graças e, muitas vezes, com festa.
Ela era uma pessoa alegre, afável, com uma facilidade de comunicação que a todos encantava. Era de uma sabedoria inigualável. Crianças, jovens, adultos e idosos gostavam de conversar com ela, pois nunca lhe faltavam palavras de carinho, de estímulo, de conforto, ou até mesmo um assunto mais ameno para distraí-los por muitas horas. Era incansável incentivadora do estudo e do trabalho.
Mulher de muita fibra, correta em suas atitudes, sincera, verdadeira, não gostava de mentiras, fofocas, nem de meias-conversas. O tempo dela era muito precioso para usar com coisas fúteis.
Olhar firme e penetrante, parecia adivinhar os pensamentos, assim não se conseguia enganá-la facilmente.
Pessoa educada, delicada, incapaz de menosprezar quem quer que fosse, mas que não agia contra seus princípios para agradar ou conseguir alguma vantagem de alguém. Ela era uma pessoa de sim, sim; não, não!
 Mulher de muita fé, em sua casa era muito comum, em especial à noite, todos se reunirem e se ajoelharem para rezar. Ela fazia tríduos, novenas e outras orações. Desta forma, na família todos são muito devotos de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e todos têm muita fé. Esse foi um presente que ela deixou para sua família.
Anita era  carinhosa por natureza, muito dócil, solidária e acolhedora recebia e acolhia a todos com muita alegria. Sua casa era muito freqüentada pelos parentes e amigos que moravam fora e, mais freqüentemente, pelos parentes e amigos da região.
A grande mesa da sala de jantar era famosa pela fartura de deliciosas comidas que ela fazia numa incrível rapidez. Em volta dela sentavam-se, lado a lado, seus familiares, seus trabalhadores e todos que estivessem em casa na hora das refeições. Às vezes chegavam de surpresa trinta, e até cinqüenta pessoas em sua casa e ela com grande rapidez preparava refeição para todos.
Na época de férias sua casa ficava repleta de sobrinhos, primos e netos que deixavam a capital para passar as férias na fazenda.
Era muito comum também Anita acolher em sua casa pelo tempo que fosse necessário, parentes e amigos que precisavam de repouso e de uma alimentação mais saudável e forte.
Assim ela se doava com alegria sincera para ver a felicidade e o bem estar dos outros, renunciando a seu próprio conforto e esquecendo seu cansaço.
Anita gostava muito de ler e de escrever. Sua capacidade literária desde cedo se manifestou nas cartas que escrevia, na maneira de ler, de escrever, de falar e de recitar. Assim, quando passou a morar no campo e não tinha acesso a jornais ,nem revistas, guardava os pedaços de jornais e revistas em que se embalavam as barras de sabão ou alguma outra mercadoria, para desamassar e depois ler as velhas notícias e reportagens.  Deste modo ela saciava sua fome de leitura.
Quando já estava idosa, com os filhos todos fora de casa, e o marido continuava com as atividades no campo, ela ficava sozinha, cuidava dos afazeres domésticos e depois se dedicava a ler e a escrever.
Neste período e com o sofrimento pela morte do filho Antônio Hermínio, com apenas 36 anos de idade, ela escreveu mais de cem poesias que fazem parte de seus livros “A DOR DA SOLIDÃO” e “PASSAGENS DA VIDA”. Escreveu também vários contos e histórias do seu tempo que se distribuem em outros livros ainda inéditos.
Com a saúde cada dia mais debilitada, Anita e seu esposo compraram casa em Aracaju e, no município de Laranjeiras, terra de Anita, adquiriram a “Fazenda Mata”, distante 20 quilômetros de Aracaju, onde passaram a morar perto dos filhos e da capital.
Poucos anos se passaram e Anita, que já era cardíaca há mais de 20 anos, veio a falecer antes de completar 73 anos de idade, em 01.06.1980.
Anita deixou para seus descendentes, parentes e amigos
, além de sua produção literária, um legado de força, coragem, determinação, honestidade, amor, carinho e muita fé.
Sua imensa gratidão a Deus, por sua vida e sua sorte, expressou nesta estrofe de uma das suas poesias:
"Termino pedindo a Deus
Que conservai a minha sorte
De ser querida por todos
Até na hora da morte."
(Anita Nascimento)                                  

9 comentários:

  1. De Antonio Oliveira Silva .

    Acabo de ler “Livro de Dor pela Morte do Filho” e o quadro que faço de d. Anita é o de uma pessoa bastante alegre, capaz de, no auge do seu sofrimento, escrever “às vezes escrevo tolices e também coisas engraçadas” (Gratidão); de uma pessoa cheia de fé, que reconhecendo a enormidade da sua dor, procurou a solidão para se reconfortar em Deus, nosso único refúgio, pois que, apesar de todos estarem sofrendo, cada um sofria a sua própria dor, que é única; da poetisa que soube resumir todo o sofrimento em apenas dois versos: “Pois se tristeza matasse, Todo dia eu morreria” (Gratidão) (e eu creio que ela morreu um pouquinho a cada dia), e da mãe que, ao invés do desespero, escolheu a poesia para extravasar todo o seu sentimento e sofrimento em belos versos, sem os entraves das regras, das rimas e métricas, deixando, apenas, o coração falar. Só não tenho inveja dos filhos de d. Anita, porque Deus me deu d. Maninha (Ana), com seu riso encabulado e inocente, seus conselhos para o Bem e seus ensinamentos para nunca deixarmos de amar a Deus. Antonio

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  2. De Antonio Oliveira Silva sobre o livro PASSGENS DA VIDA, de Anita Nascimento:
    Acabei de ler o livro de d. Anita. Ele é cheio da filosofia de vida das pessoas do sertão: sofredoras, trabalhadoras, respeitadoras de Deus e da Natureza, admiradoras do canto dos pássaros e do comportamento humano. Revoltada, mas contida, contra os modernismos exacerbados, bem como contra a ingratidão pelo comportamento, especialmente dos mais próximos, tentou ela viver à procura da felicidade e/ou da paz e refugiou-se para esquecer as dores, descobrindo, por fim, que não adianta fugir de si mesma, mas aceitar a vontade de Deus.

    Creio que sua tentativa de esconder-se foi válida, pois, através dela, teve mais tempo de entrar em intimidade com o Criador e d´Ele receber o tão necessário conforto, e o escrever foi sua indispensável válvula de escape para, sem falar, expor todos os seus sentimentos.

    Gostei muito de ler “Passagens da Vida” pois, apesar de nunca ter morado na roça, sempre mantive contato com a área rural da qual continuo admirador. Ela me traz tranquilidade e paz, ao invés do litoral no qual a inquietude do mar e seu barulho constante me transmitem a sensação de movimento e angústia.

    . Antonio

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  3. COMENTÁRIO DA ESCRITORA MARIA LÚCIA DALFARRA ao livro PASSAGENS DA VIDA DE ANITA NASCIMENTO.
    From: mldalfarra@sergipenet.com.br
    To: jtelesmenezes@hotmail.com
    Subject: Re: LIVRO " PASSAGENS DA VIDA"
    Date: Sun, 31 Aug 2008 11:25:46 -0300
    Teles,
    Estou chegando agora da roça e te digo que sim, que recebi o livro e que gostei muito do teor dele e da força que emana daquelas palavras, tanto da emoção profunda quanto da experiência de vida ali incrustrada. Poemas de uma batalhadora sensível e gentil, e em extremo inspirada.
    E agradeço muitíssimo a sua diligência e queria também agradecer à sua esposa o ter-se lembrado de mim. Sempre que escrever ou me referir ao trabalho das mulheres do nosso Sergipe, hei de falar desta senhora excepcional. Espero ainda escrever algo especialmente sobre ela assim que sossegar um tanto dessas minhas andanças que incluem, agora, de imediato, uma ida ao México. Receba o meu abraço muito amigo, a ML



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  4. SOBRE A AUTORA DO LIVRO PASSAGENS DA VIDA

    Anita Nascimento nasceu em Laranjeiras, berço da cultura sergipana. Na Escola Laranjeirense, a Profª. Zizinha Guimarães, mestre de tantos intelectuais, deu-lhe os ensinamentos do curso primário, aulas de francês, esperanto, teatro e dança.
    Mesmo residindo no campo e quase sem acesso a livros, Anita amava tanto a leitura, que quando lhe faltava o que ler, lia os escritos que vinham em pedaços de jornais e revistas, utilizados como embalagens dos produtos que comprava.
    A busca incessante pela sabedoria, pois, foi o grande lema que deixou para seus filhos com maestria .
    Em PASSAGENS DA VIDA, continua D.Anita a dar exemplo, a ensinar e a incentivar a tantos quantos tiverem a oportunidade de acessar a sua obra, escrita no mesmo ritmo em que seu coração pulsava.
    E, assim, sua obra continua a ser construída, agora com a ajuda de outros corações, outras mentes e de tantas mãos que se somaram, num desejo maior de vê-la presente, viva e alegre, por saberem que agora, muito mais do que antes, ela viveu, passou e não morreu.
    José Teles


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  5. ARTIGO DE LANÇAMENTO DO LIVRO PASSAGENS DA VIDA(artigo de jornal)
    O livro de Poemas Passagens da Vida de autoria de MARIA ANITA NASCIMENTO, organizado pela sua filha ANTONIA ROZA DE AGUIAR MENENZES, foi lançado com sucesso no último sábado, data em que a autora completaria 100 anos se ainda estivesse entre nós, com renda destinada ao "Lar dos Meninos de Santo Antonio. O forte da obra poética de Maria Anita, na opinião do Professor José Paulino da Silva, que leu o livro e fez comentário de capa, é o tom coloquial que ela consegue manter em todos os seus poemas. A sinceridade de seu linguajar simples e até confidencial, conquista a empatia do leitor para "ouvi-la" com atenção"... O conjunto de poesias em que retrata a dor pela perda de seu filho, "vale por um tratado de psicologia sobre o amor materno, sobre reconhecer a dor sem deixar-se esmagar por ela, sobre a força da espiritualidade, sobre o sentimento da saudade. Em outros poemas observa-se seu aguçado senso de humor, sua amizade às pessoas, aos animais domésticos, seu senso de observação a cenas da vida do campo. Quem ler Passagens da Vida vai conhecer as riquezas que estão embutidas na mensagem poética de ANITA NASCIMENTO.

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  6. Texto do Professor José Paulino da silva na orelha do livro PASSAGENS DA VIDA

    O poeta cuiabano Manoel de Barros, ao ser indagado qual o sentido da poesia, respondeu: “a abelha ao sugar o néctar, vai refinando, refinando, até sair o mel. Poesia é o mel da palavra.”

    PASSAGENS DA VIDA é um livro de poesia, entendida essa como uma das expressões mais refinadas da condição humana. Não é um mero livro a mais. É um guia, um “bilhete/passagem” que pode levar o leitor a uma viagem ao recanto sagrado da alma. De uma grande alma que foi, é, e será Maria Anita do Nascimento Aguiar.

    É um livro para ser lido com os olhos do coração. Os olhos que nos fazem ver o mel das palavras, “o dentro” das coisas, das pessoas, dos sentimentos, da dor, da alegria. Nos fazem ver o além das paisagens, dos acontecimentos – desde a profunda dor da perda do filho amado – à beleza que é uma noite de luar em uma fazenda do interior sergipano.

    O poeta, como dizia Mário Quintana “é belo porque os seus farrapos são do tecido da eternidade.” A eternidade de onde Dona Anita acompanha as passagens da vida de todos nós.

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  7. PREFÁCIO DO LIVRO PASSAGENS DA VIDA pela escritora LILIAN ROCHA


    Tudo começou com um e-mail, curto e apressado: “Preciso falar com você”. Em seguida, dois números de telefone de alguém que se assinava, simplesmente, “Roza”.
    Não precisei de muito tempo pra saber de quem se tratava, pois a única Roza com “Z” que conheço é a mãe de dois ex-alunos meus, Marcel e Fábio. Ao lado de Zequinha, os dois formam um casal que esbanja harmonia e felicidade, coisa rara de se ver hoje em dia.
    Roza me pedia para fazer a revisão de um livro de poemas escrito pela sua mãe, que pretendia lançar no dia 21 de julho, data em que estaria completando 100 anos, se ainda estivesse entre nós. Esta seria, portanto, uma forma de presenteá-la e, ao mesmo tempo, de preservar a sua obra.
    Lembrei, então, de uma frase que eu costumava repetir pra Marcel, quando ele ainda era meu aluno: “É pelos frutos que nós conhecemos a árvore”, numa referência à educação primorosa que ele e seu irmão demonstravam, o que me dava uma dimensão exata de como deviam ser seus pais. E agora, mais de dez anos depois, era sua mãe que, com aquele gesto delicado, me apresentava “a árvore” da qual ela saíra fruto…
    Fiquei tão encantada com aquele gesto, que nem pensei duas vezes e aceitei o convite. E mergulhei fundo na alma poética daquela senhora que se desnudava a cada página. E na simplicidade de seus versos cheios de sabedoria, eu encontrei respostas para perguntas que eu nem julgava que existiam…
    A força daquela mulher que fizera da literatura uma maneira de sublimar a dor causada pela perda de um filho havia gerado outra mulher, igualmente forte, que agora lutava contra tudo para preservar a memória de sua mãe, também sob a forma de livro...
    E o meu carinho, que um dia começou por Marcel, agora se estendia até a sua avó, de cujo coração eu também me tornei fã…


    Lilian Rocha

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  8. Sintia escreveu: "Ganhei um presente maravilhoso, pelas mãos da minha amada tia Antonia Roza, o livro de minha avó Anita Nascimento, não sei dizer em palavras o que senti. Tanto por estar com um pouquinho da vida e do coração da minha avó em mãos, mesmo não tendo a conhecido, pois quando ela faleceu eu só tinha seis anos, quanto por ver na minha tia o sublime amor de um filho por sua mãe. O respeito e o cuidado que muitos tiveram para ajuda-la nesta empreitada dificil, mas que resulta num livro maravilhoso.... Li muito esta noite, na verdade, quase acabei a leitura do livro, absorvi um pouco do conhecimento e da sabedoria da minha avó, que aliás em muitos momentos me vejo naquelas palavras simples e carregada de amor..

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  9. Oh tia Antonia Roza como diria minha minha avó Anita, quem sabe: O fruto não cai longe da árvore.... ou seja, tive a quem puxar o gosto pela leitura, pelo estudo, pela poesia, pelo amor que tenho por minha familia, enfim, pelo ser humano que sou e por tudo de bom que ainda quero ser rsrsrs. Fico feliz de me identificar com minha avó, mesmo não desfrutando da doce presença dela na minha vida. Ela era uma iluminada, tenho certeza, e a senhora traz muito desta luz dela. Desde que te conheci só me trouxe mais alegria ao coração.

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