sábado, 6 de março de 2021

AFRA AMÉLIA AGUIAR

. Tendo convivido com minha avó apenas quando ela já estava numa idade avançada, época em que passava um tempo na casa de meu tio João e outro em nossa casa, ou seja na casa de Maneca, o outro filho dela, eu, na minha pouca idade, não entendia bem a dinâmica da vida dela. Por exemplo, eu não sabia que ela combinou com meu avô, Manoel Gomes de Novaes,  e doaram  sua parte na Fazenda Brejinho a papai e a outra parte na Fazenda João Vieira a tio João, para que eles construíssem suas casas, desenvolvessem seu negócios e pudessem criar e educar seus filhos. Atitude altruísta de quem tem  nobreza de coração. Hoje, que entendo, sou eternamente grata.
Lembro bem que, com pouco mais de noventa anos, ela estava gravemente doente e que, todas as noites, nossa casa, na Fazenda Brejinho, ficava repleta de parentes que vinham de diversos lugares e passávamos a noite ali acordados acompanhando o seu respirar fraco , até que ela se foi em janeiro de 1963. 
Pelos idos de 1975, mais ou menos, papai me entregou uma carta manuscrita e me pediu: “ minha filha, datilografe esta carta que é para que todos os parentes conheçam quem foi sua avó.” Atendi seu pedido e entreguei diversas cópias a ele. Revendo meus arquivos encontrei a cópia desta carta  que revela 
características e a maneira de agir de AFRA AMÉLIA AGUIAR , que poucos de nós conhecíamos. 

CARTA DE JOÃO DE AGUIAR FIGUEIREDO aos primos João Gomes de Aguiar e Manoel Gomes de Aguiar , por ocasião do falecimento de sua tia Afra Amélia Aguiar.


10 comentários:

  1. Li hoje com emoção está carta, que descreve as qualidades de mina bisavó, que me lembro como uma imagem, já que faleceu quando eu tinha 9 anos. Me lembrou muito minha mãe

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  2. Tia,

    Obrigada por abrir seus arquivos para me presentear com o testemunho de gratidão expresso na carta ...
    Lendo sobre minha bisavó Afra, pude constatar que tivemos a mesma idéia com relação a dividir bens para ajudar os filhos na estruturação da vida deles.: Pelo menos nisso pareço com ela.

    Obrigada , obrigada, obrigada

    Um cheiro

    Anete Hermínia

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  3. Rozeira, muito bonito o seu amor pelas causas que envolvem os ancestrais da Família de seus pais. A ré-memorização das ações de seus antepassados ficará gravada na mente de todos que tiverem a oportunidade de conhecê-las e formará um acervo que passará de geração a geração. Você está de parabéns por alimentar a todos com suas pesquisas e seus brilhantes escritos. Meu cordial abraço para você.

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  4. Lendo essa carta, voltei no tempo e me vi diante de vovó, com quem ficava a conversar com ela, que apesar da minha pouca idade, ouvia dela palavras de carinho e a forma que ela me chamava "Nezinza", me dava essa certeza. Sentia conforto ao seu lado. Agora, neste momento, estou emocionada. A presença dela é muito forte em mim. Obrigada Deus por ela ter existido e que fez parte da minha vida. Que maravilha de recordação!
    Meu carinho a todos vocês.

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    1. Inêz Aguiar que belas lembranças de sua avó, nossa avó

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  5. Que preciosidade para nós termos uma pessoa tão distinta ... Que mamãe sempre reverencia a, mas não tinha uma foto para vermos. Agora essa foto nos mostra a verdadeira mulher que era ...e por essa carta que é uma relíquia para todos nós falando da personalidade e o seu jeito de ser! Que já conhecíamos através de nossa mãe querida Maria Herminia. Reverencio a sua imagem!!!!

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  6. Amei saber sobre minha bisavó Afra, que mamãe tanto realçou suas qualidades! Da culinária às etiquetas femininas para as mulheres que iam se casar, assim como os banquetes requintados! Mas me emocionei com a carta! A forma amorosa e o estilo literário do primo que não conheci João de Aguiar Figueiredo. Ele é o pai de João Augusto?
    Imaginei , será dele o gosto pela árvore genealógica da família?
    E ainda o que a senhora fez, e desde aquele tempo, já com a alma de historiadora, datilografou e nos presenteou com essa relíquia! Muito grata! Minha alma viajou no tempo e sentiu como num filme, revendo nossa história!
    Muito gratidão a todos e em especial à senhora, pelo desvelo em guardar e revelar nossa história!
    Beijos ❤️

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  7. Lendo essa carta,do primo João Aguiar Figueiredo , voltei no tempo e me vi diante de vovó, quando ficava a conversar com ela. Apesar da minha pouca idade, ouvia dela palavras de carinho e a forma que ela me chamava "Nezinza", me dava essa certeza. Sentia conforto ao seu lado.
    Ainda quando morávamos na Fazenda João Vieira, a minha lembrança maior e mais prazerosa, era nos finais de tarde, quando íamos passear na casa dela que ficava do outro lado da lagoa e tudo parecia uma festa. Vovó preparava lanches muito gostosos e nos oferecia com sorriso de felicidade. Lembro daquela mesa enorme, com gavetas cheia de talheres muito bonitos e ficávamos a brincar e ela não reclamava. Eram tardes de muita alegria. Vovó era especial pra todos nós. Deixou saudades e muitas lembranças que nunca esqueci.
    Agora, neste momento, estou emocionada. A presença dela é muito forte em mim. Obrigada Deus por ela ter existido e que fez parte da minha vida. Que maravilha de recordação!
    Meu carinho a todos vocês. Maria Inez Aguiar Vieira

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